Primeiros Socorros

trauma_torcico_1 Trauma torácico - 1ª Aula

Introdução

  • 25 % das mortes por trauma devem-se inteiramente ao trauma torácico

  • 2/3 dos doentes com trauma potencialmente fatal encontram-se vivos quando chegam às salas de emergência

  • O objectivo desta aula é o de reconhecermos os sinais e sintomas dos principais danos torácicos e providenciar o seu correcto tratamento

Anatomia

  • O tórax é uma cavidade torácica formada por 12 pares de costelas que se juntam posteriormente com a coluna torácica e anteriormente com o esterno. O feixe neuro vascular percorre a superfície inferior de cada costela (imagem 2)

  • O espaço entre cada cavidade pleural é um espaço virtual. Poderá ser preenchido por ar, formando um pneumotórax, ou sangue, formando, um hemotórax. Este espaço pode conter até 3 litros de fluido em cada umdos lados, no indivíduo adulto.

  • Com mostrado na imagem nº 1, um pulmão ocupa cada cavidade torácica. Entre as 2 cavidades, encontra-se o mediastino, que contem o coração, a aorta, a veia cava superior e a inferior, os brônquios principais e o esófago.

 

Imagem 2 Imagem 1

  • O diafragama separa os órgãos abdominais dos órgãos da cavidade torácica. Qualquer doente com uma ferida penetrante da cavidade torácica ao nível do 4º espaço intercostal ou mais abaixo, deveremos asumir que possua uma lesão abdominal, bem como torácica.

  • As lesões que atravessam o mediastino têm um elevado potencial de provocarem lesões potencialmente letais devido à proximidade das estructuras cardiovasculares e traqueo brônquicas nesta região.

Fisiopatologia

As lesões podem resultar de trauma contuso ou penetrante. Nas lesões contusas, a força encontra-se distribuída por uma elevada área, e os danos viscerais ocorrem peal desaceleração, cisalhamente, compressão. As lesões penetrantes, geralmente ferimentos por arma de fogo ou por facada, distribuem as forças por uma área pequena.

O resultado final de uma lesão torácica é a hipóxia tecidular.

Avaliação

Os principais sintomas de uma lesão torácia incluem:

→dispneia (dificuldade respiratória) e dor no peito.

Os principais sinais incluem:

  • choque

  • cianose

  • feridas abertas

  • distensão das veias do pescoço

  • desvio da traqueia

  • enfisema subcutâneo.

As seguintes lesões devem ser identificadas e tratadas durante a avaliação:

Obstrução da via aérea, pneumotórax aberto, pneumotórax fechado, hemotórax massivo, tamponamento cardíaco.

 

Pneumotórax aberto

A respiração normal envolve uma pressão negativa que é gerada no interior do tórax pela contracção do diafragma. À medida que o ar entra, os pulmões se expandem. Se existir uma ferida maior, superior ao diâmetro da traqueia, masi ao menos correspondente ao tamanho do dedo mínimo, o caminho do ar é feito através do defeito na parede torácica, por oferecer menos resistência à passagem do ar (fig. 3)

Este unicamente entra no espaço morto pleural, não contrubuindo para as trocas. Por sua vez, a ventilação fica comprometida, resultando em hipóxia.

 

Figura 3

Tratamento

1. Assegurar a via aérea

2. Fechar prontamente o defeito na parede torácica por qualquer meio disponível, como um luva de borracha ou um pedaço de plástico; mas atenção! tapar os 3 lados mas deixar uma parte aberta para deixar circular o ar, tipo válvula, permitindo que o ar escape do tórax mas não entre novamente (fig. 4)

3. administrar oxigénio (O2) (não disponível no nosso meio e no nosso clube)

4. Monitorizar a saturação de oxigénio, através do oxímetro (não temos disponível!)

5. Monitorizar a frequência cardíaca (pela palpação do pulso cardíaco)

6. transportar o doente rapidamente para uma unidade hospitalar

 

Fig. 4


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